terça-feira, 10 de maio de 2011

A AMÉRICA E SEUS “ILUSTRES” PERSONAGENS

Professor – Levi | disciplina de História

Personagens

Deus
Anjos
Morte
Demônio
Jaime

Colombo Francisco Miranda
Francisco Pizzaro Simon Bolívar
Diego de el Magro San Mártir
Pedro Valdivia D. Pedro I
Fernando Cortez Marquesa de Santos
La Malinche Corsária
Bartolomeu de las Casas
Rainha Isabel de Castella

Diálogos

-entra Deus e seus Anjos-

Deus – Espero que com essa reunião, se chegue finalmente no porquê dessa situação, certo?
Anjos – certo, ou não?
-entra a Morte-
Morte – Pronto Deus!
Deus – Sempre pontual.
Morte – É claro, afinal sou A MORTE.
Bem, vai ser mais uma daquelas reuniões em que discutimos e discutimos; discursamos e discursamos e nenhuma solução, nossa, não agüenta mais isso.
Deus – Como sempre muito temperamental Morte.
Morte – Está bem, mas cadê o nosso amigo de lá de baixo.

-entra o Demônio-

Demônio – Bem desculpe pelo atraso, mas como vocês dois já sabem, o inferno como sempre está cheio de serviços, principalmente hoje.
Deus – É, e o que aconteceu de tão incrível assim
Demônio – Bem caro ser da Luz, como se diz lá na Terra, “Os pampa subiram o Morro mano!”
Deus – E?
Demônio – E...
Deus – É, o que tem isso haver com seu atraso?
Demônio – Simples o Inferno, está entupido de Corintiano e Flamenguista, e assim os afazeres burocráticos são imensos.
Deus – Burocracia no Inferno?
Demônio – É `mocinho do bem`, o Inferno não é Superintendência de Ensino, mas, também possui um infindável burocracia de eficácia questionável. Mas falando em destino pós-mortun, e como está lá em cima, no Paraíso.
Deus – Como sempre pingando almas, poucos merecem estar ao meu lado, e como está lá em baixo?
Demônio – Chovendo almas, é perigoso até enchente, como sempre cheio de políticos, juizes de futebol e alunos bagunceiros.
Morte – Vamos parar de jogar conversa fora, e vamos logo para o que interessa.
Deus – Sim você tem razão. Demônio, trouxe os anjos que reencarnam o passado que me pedistes.
E você trouxe o pessoal que pedi?
Demônio – Sim, é claro, (bate palmas) Jaime, os energúmenos, traga-os para cá, e traga a lista também.
Jaime – Sim chefe.
-entra Colombo-

Jaime – Colombo, condenado a ficar eternamente no fogo do inferno, quarto 51.
Colombo – Mas isso é injusto, Eu Colombo, aquele que se jogou em meio a mares bravos e descobri a América, eu que coloquei uma cruz de vosso senhor.
Demônio – Cale a boca, (tapa).
Deus – Por que fizeste isso?
Demônio – Senhor esse homem foi ao menos indiretamente, é o maior responsável, por uma das maiores atrocidades do Mundo?
Deus – Sim é mesmo, Colombo quando descobriste a América porque não respeitou a cultura daquele povo?
Colombo – Deus, amado Deus, tu compreendes melhor que todos, que eu Colombo sempre fui, devoto da fé Católica, e graças a minha descoberta, aquele povo conheceu seu nome.
Deus – Conheceu meu nome, Colombo, deixa de ser louco, porque tudo de ruim que acontece sempre tem que ser em meu nome, eu não vendi os direitos autorais desse nome para ninguém. Colombo o que você fez na América?
Colombo – Eu tentei ajudar os índios a... a... hmmm
Morte – A procurar ouro para a Coroa de Castella, pois sem isso sua descoberta de nada valeria.
Demônio – É mesmo foi muito bem recebido pelos índios, e depois correu as ilhas da América a procura de ouro, sua ganância o cegou, e pouco lhe importava os índios.
Morte – Além de morrer achando que descobriu um novo caminho para as Índias
Deus – é, que pena Colombo, mereces o inferno mesmo. Tchau.

-Colombo sai reclamando-

Deus – Próximo.
Jaime – Francisco Pizarro, condenado a ficar eternamente no inferno, quarto 48, Diego de El Magro idem, quarto 49, Pedro Valdivia também, quarto 47.
Francisco Pizzaro – Ah graças a Deus, finalmente reconheceram o erro, Deus agora posso ir para Paraíso?
Deus – O que? Reconhecer o erro? Filho eu não erro, errado foi o que você fez, ou melhor, o que vocês três fizeram, não foi?
Pedro Valdivia – Como assim eu só matei aqueles índios inúteis, por que estavam no lugar errado?
Demônio – Lugar errado, como assim Valdivia?
Pedro Valdivia – Simples, estava tentando organizar aquela terra cheia de Bárbaros quando de repente, aqueles nativos vieram me atacar então só me defendia Deus, Juro.
Morte – Aonde acontecera esse ataque grande conquistador Valdivia.
Pedro Valdivia – No território aonde hoje é o Chile.
Demônio – Nossa de certo errei, então, oh coitado desse homem que só quis se defender e organizar aquele local. Anjos por favor:
-entram em transe e de repente-

Anjos – taca taca tique tac linv lova mora mora.
Deus – opa, espere aí empresta o controle remoto.
-SAP-

Anjos – não, não os matem são meus filhos, parem não os queimem, ahhhhh, não, não!
Morte – hmm, então foi assim que você organizou o Chile?
Francisco Pizzaro – é mesmo, esse homem, grande seres, destruiu tudo o que via, e nunca adiantou dar conselhos a ele.
Demônio – (risada) conselhos, você Pizarro, ahhh, deixa de ser irônico.
Francisco Pizzaro – Eu irônico, Deus, não dê bola para ele, eu sempre fui.
Demônio – E por isso está no inferno, ohh! O quão injusto somos nós.
Deus – É mesmo, Pizarro conquistador do Peru, porque fizera tanta barbaridade.
Francisco Pizzaro – Deus eu com meu companheiro (abraça o Diego) fizemos isso em nome da Espanha, e em seu nome.

Deus – Meu nome (gesticula)
Diego de el Magro – é sim, seu nome senhor, embrenhamos na mata, sofremos com as piores condições.
Demônio – E cometeram as mais cruéis atrocidades.
Francisco Pizzaro – Mas foi em nome da Espanha e da fé cristã.
Morte – Sim foi mesmo, (risadas) o que os levou a fazer isso foi a ganância e nada mais.
Deus – Sim saiam todos daqui.

-os três saem de cabeça baixa-

Jaime – Agora, Fernando Cortez condenado vocês já sabem, e La Malinche amante dele também do mesmo modo.

-entram Fernando Cortez e la Malinche –

Fernando Cortez – Senhores por que me chamaram
Demônio – Cortez, você é um homem de sorte, pena que não aproveita ela, quando chegastes ao México fora confundido com Deus, e isso pelo menos facilitou sua (empurro ele) funesta conquista.
Morte – é mesmo confundiram você com um Deus Inca.
Deus – e em agradecimento ao título matou todo mundo, grande homem não?
Fernando Cortez – Deus só matei aquele seres vagabundos, que não honram o nosso povo.
Deus – Como assim, que povo?
Fernando Cortez – a nossa raça branca superior.
Deus – Meu Eu, então você os matou por que era superior.
Fernando Cortez – Sim.
Demônio – Espere um pouco e por que logo você, branco superior, se amancebou com uma “inferior”?
Fernando Cortez – Simples, hmmm...Espere ai, é...
Morte – É está vendo Malinche pelo que traíste todo seu povo.
La Malinche – Mas morte, Deus, Demônio, eu fiz isso por que estava louco de amor por ele, ele me enfeitiçou, não queria trair meu povo, mas ele me obrigou.
Fernando Cortez – Obriguei nada, você veio por que quis, não resistiu ao meu charme espanhol, mas Deus, você ( vira para o Demônio), devo ter feito, não sei, outra coisa, torcer pelo Flamengo, para merecer ter ido para inferno.
Deus Por favor, Cortez, flamenguistas vão para o céu, é o meio mais doloroso de chegar a ele.
Fernando Cortez – Então o que eu fiz, fui condenado pelas mortes daqueles índios, não acredito.
Demônio – Nem eu, no que estou ouvindo, pessoinha, ser vil, você matara vários índios, sua mão está cheia de sangue, e você, Malinche.
La Malinche – Eu não fiz nada
Demônio – Não fez? Somente traiu seu povo, vocês saiam daqui. Desculpe, Deus por perder a paciência.

-os dois saem de cabeça baixa-

Deus – Não se preocupe, o que disse é certo, estes conquistadores além de criminosos são soberbos.
Morte – Bem agora quem vem?
Jaime – hmmm , Bartolomeu de las Casas que cumpre pena no purgatório e vai fica por lá, até o fim dessa temporada e Rainha Isabel de Castella que cumpre pena, essa no inferno, e vai fica lá até o Corinthias ser campeão da Libertadores (risada).

-entra Bartolomeu de lãs Casas e Rainha Isabel-

Anjos – Bartolomeu de las Casas obrigado pelo feito, tentou pelo menos proteger-nos.
Demônio – Aí está, tentou, mas não conseguiu.
Bartolomeu de las Casas – Deus por que fui condenado, tentei com meus escritos salvar os índios.
Demônio – Aí que esta a questão tentou com seus escritos, de boas intenções o inferno esta cheio, filho.
Bartolomeu de las Casas – Senhor, como deixa ele falar assim
Deus – Acalme filho, mais algum tempo você estará junto comigo no Paraíso, mas me conte por que você resolveu defender os índios.
Bartolomeu de las Casas – Deus, eu no começo, quando viajei para a América, fui com a mesma doença que impregnou toda Europa depois da descoberta das terras além mar, a cobiça, mas chegando lá, vi o quão era triste a realidade dos índios, o quão nossa descoberta desgraçou aquela cultura, depois disso, escrevi sobre o dia a dia da conquista.
Morte – Sim, meu Deus tenho aqui um trecho do que escrevera olhe, ou melhor, ouça (declama um parágrafo)
Deus – Bem las Casas fique aqui e depois vamos direto ao Paraíso.
Bartolomeu de las Casas – Obrigado senhor.
Rainha Isabel de Castella – Que ótimo, se Bartolomeu vai para o Paraíso, eu que sempre dediquei minha vida ao senhor estarei lá também.
Demônio – Espere um pouco minha querida rainha, não se esquecesse de um detalhe, Bartolomeu defendeu os índios e você o que fez?
Rainha Isabel de Castella – Eu, eu fiz muito mais do que isto, levei aqueles índios a verdadeira fé.
Morte – Que lindo, rainha, mentistes e muito mal, tudo o que fizera foi por ouro, ganância e ouro, pouco se importou com os índios.
Rainha Isabel de Castella – Senhor juro que falo a verdade.
Deus – Rainha, não adianta chorar, sei tudo, nunca me enganastes, sei do que fez. E estás aqui não para ir para o Paraíso, mas sim para entendermos o porquê de tudo isso. E pelo visto você como a maioria dos que estiveram aqui estão corrompidos pelo egoísmo. Um mal que assola esse Mundo.
Demônio – Isto agora rainha, por favor, vossa mediocridade, desapareça!

-a rainha saí chorando-

Jaime – Bem agora esta na hora daqueles que fizeram, ou pelo menos “tentaram” deixar seu país livre, por favor chamo aqui condenados a ficar alguma temporadas no purgatório: Francisco Miranda, Simon Bolívar e San Mártir que fizeram a independência da América Latina e D. Pedro I que fez a independência do Brasil e a Marquesa de Santos sua amante e companheira, esses dois condenados a “bla bla bla” no inferno.

-entra todos, e a marquesa vem chamando a atenção de D. Pedro –

Marquesa de Santos – Aqui seu baixinho fiquei sabendo hein, que o senhor anda de paquera com algumas diabinhas no inferno (tapa nele).
.D. Pedro I – ai, ai, é mentira, é intriga da oposição.
Marquesa de Santos – Sei. E o porquê o senhor me chamou aqui?
Demônio – Calma, nossa, e com uma mulher dessa condenaram D. Pedro I ao inferno, vou ver isso com meus empregados.
Marquesa de Santos – O que você falou.
Deus – Vamos parar com isso, vocês, homens da independência como foi ela?
Simon Bolívar – Bem falhamos na primeira tentativa, mas não desistimos.
San Mártir – É, tentamos de novo, e depois de varias guerras civis.
Francisco Miranda – E com a ajuda do Povo, conseguimos finalmente deixar a América livre.
Morte – Por favor, sem exageros, o que conseguiram foi trocar de senhor, sai à Espanha entra a Inglaterra.
Demônio – É mesmo, mas pelo menos vocês tiveram apoio das massas.
Morte – Mas como foi?

-os Anjos entram em transe-

Anjos – Vamos lutaremos pela nossa liberdade, matem todos corregedores, peguem todos que estão do lado da Espanha, destrua-os!!!!
Morte – E como foi a participação popular no Brasil.
Anjos – Ahm? ...
Deus – É a participação popular na independência brasileira foi praticamente nula. Como você explica isso, D. Pedro?
D. Pedro I – Simples, não queria ver o sangue do meu povo derramado, por isso arrisquei-me todo proclamando a independência sozinho, assumindo todos os riscos.
Simon Bolívar – Riscos? O Brasil foi o único país da América que depois de independência se tornou monarquia absoluta, grande poder moderador.
Marquesa de Santos – Fique quieto Simon Bolívar, você não entende como foi difícil à independência do Brasil, o quanto sofremos.
Simon Bolívar –Fique quieta você, amante de D. Pedro.
Marquesa de Santos – hrhrhr ( vai em cima dele).
Demônio – Parem com essa briga. Vamos ao que interessa, então vocês tiveram uma independência com participação da população em geral.
San Mártir Sim é claro, totalmente democrática.
Demônio – Por favor, sem exageros, pois quando finalmente vocês assumem o poder esse alvoroço popular acaba, por que, vocês podem me explicar?
Francisco Miranda – O povo ainda não estava preparado.

Deus – E vocês sim.
Simon Bolívar – É claro.
D. Pedro I, Marquesa de Santos – Viu no final as duas independências deram no mesmo, o `povão` na América nunca ficou com nada.
Morte – Mas pelo menos eles não pagaram pela independência
Demônio – É Morte você esta coberta de razão, o Brasil foi único país no Mundo a pagar para ser reconhecido como independente que vergonha.
Deus – Por favor retirem-se daqui.

-todos saem reclamando-

Demônio – Vamos para a última convidada da peça.
Jaime – Corsária Sr. Margareth, condenada a ficar você já sabem, eternamente.

-entra a Corsária-

Morte – Por que ela esta aqui?
Deus – Ela representa o país que mais ganhou com descoberta da América.
Demônio – É, a Inglaterra
Deus – Bem, Margareth o que você fazia?
Corsária – Meu Deus ia ao Brasil para trazer para aquele povo, os grandes avanços da civilização. Enfrentava aquele Mar tenebroso só para fazer o bem.
Demônio – Sim, eu sou santo. Deixe de ser mentirosa, vinha aqui para vender, contrabandear no Brasil e se tivesse sorte roubar um navio cheio de ouro.
Corsária – Não, juro que tive a melhor das intenções Deus.
Deus – Sim, já acho incrível existir um corsário do sexo feminino, mas agora vir ao Brasil com as mais boa das intenções, é pedir de mais, não é?
Corsária – É isso que se ganha quando se presta serviço ao Mundo, sem pedir nada em troca.
Morte – É sem pedir nada em troca, somente ouro, ouro e ouro.
Deus – É mesmo com contrabando e principalmente com os tratados unilaterais criados, foram os ingleses que mais lucraram com a exploração da América.
Corsária – Mas.
Demônio – Mas nada, vá embora e espere-me como o resto dos habitantes das profundezas infernais.

-sai a corsária-

Morte – Pelo visto essa reunião serviu somente para levar Las Casas para o Paraíso.
Anjos – Não, deu para ver o tamanho do problema em que a América se encontra.
Deus – É pelo visto a solução é amarga, requer uma mudança total na postura das próximas gerações.
Morte – É mesmo, pior que a ação dos maus é a omissão dos bons.
Jaime – Tem que haver seriedade e comprometimento dessa geração e das outras que hão de vir
Demônio – É senão, vou encontrá-las todas, vocês sabem aonde...

-Fim-

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